Regresso antecipado

Infelizmente ao fim de doze dias fiquei doente e neste interrail a única coisa que conheci de Itália foi o hospital e o aeroporto mas o balanço final foi muito positivo!

Estarei assim tão errada?

Gostava muito de ter ido ontem ao Optimus Alive mas para variar não arranjei companhia. O meu problema de sempre… Antes não tinha dinheiro nem companhia, agora que tenho o suficiente para fazer o que realmente me dá prazer, contínuo sem amigos para me acompanhar neste tipo de coisas. O namorado queixa-se de dinheiro e disposição, as amigas estão sempre cheias de problemas de vários tipos (um drama) e os amigos ou já têm planos ou também não podem por questões financeiras… O dilema de sempre. Só há uma pessoa que está sempre muitas vezes disponível para mim mas como namora e tem sempre muitos planos com os amigos dele, nem sempre pode acompanhar-me. Por acaso ele ontem foi ao Optimus e podem ter a certeza que se eu tivesse sabido mais cedo tinha-me colado. Preciso mesmo de começar a conhecer pessoas diferentes. Às vezes parece que lido com pessoas de 80 anos! A vida é para ser vivida AGORA. Cada vez mais acho que estou a perder oportunidades e preciso de sentir que estou a aproveitar ao máximo. O dinheiro não é para ficar entalado debaixo do colchão! Os problemas são para pôr por de trás das costas! A vida é para ser vivida e aproveitada!!

Liubliana - Parte 2

Ainda um dia...

Eu tenho uma grande vontade de fazer coisas fora do país e por isso é que me dá tanto prazer viajar mas ao mesmo tempo sinto algumas limitações. Parte deles por mea culpa mas grande parte prende-se pelo facto das pessoas que me rodeiam não acharem muita piada a estas minhas ideias. Não posso generalizar… A minha mãe apoia-me em todo o que faço mesmo que de início tenha algum receio por mim. Durante a licenciatura adorava ter feito Erasmus mas por questões financeiras era complicado. Tinha estudado um ano noutra cidade e os restantes anos numa universidade privada. Eu trabalhava mas não era suficiente para financiar a totalidade das despesas e achei por bem não pedir mais um esforço tão grande aos meus pais, visto já ter estado seis anos num colégio privado. Quando acabei o curso mandei imensos currículos para fora do país e consegui convencer o namorado a fazer o mesmo mas o entusiasmo dele nunca foi o suficiente para nos atirarmos de cabeça. Naquela altura não tínhamos nada a perder mas ele pensa de maneira diferente de mim e é muito agarrado às coisas dele. Entretanto conseguimos arranjar trabalho com uma certa facilidade e eu não pude insistir mais. Dois anos já passaram e eu já mudei de empresa e de área mas a minha vontade de ter uma experiência no exterior não desapareceu. Agora estou numa área que tem muitas saídas profissionais a nível internacional e até já tive uma proposta que recusei por achar que preciso de mais investimento da minha parte. O namorado também estás a ponderar tentar sair da empresa e era uma boa oportunidade de enviar currículos para outros sítios mas não vale a pena. Não faz mesmo parte dos planos dele! Ainda um dia vou conseguir atingir alguns dos meus objectivos no que toca a esta temática…

Um dia, a curto/médio prazo hei-de:

• Fazer voluntariado em São Tomé e Príncipe (uma vez que sou madrinha de um menino lá, tenho alguma facilidade em fazê-lo, só preciso de financiar a viagem porque a burocracia é relativamente simples);
• Tirar um curso intensivo de inglês no estrangeiro (é o meu calcanhar de Aquiles, já deixei fugir muitas oportunidades por nunca ter investido num bom curso de inglês e limita imenso a minha vida);
• Ter uma experiência profissional noutro país (nem que seja um ano ou a partir de uma empresa nacional);
• Viajar sozinha (para que seja mais fácil relacionar-me com pessoas de outros países e culturas, criar novas amizades, viver novas aventuras…).

Tudo isto será puxado a ferros...

Liubliana - Parte 1